20.8.06

a tinta

As minhas angústias
eu escrevo a lápis,
que é pra escrever escrever escrever escrever
e ainda depois de tanto papel
ter o fel a chance de ser apagado
pela deleitável borracha

Cismou, porém, de escrever-te à caneta
o meu coração
A paixão, cega, crê
em tudo que diz a caneta
Já a razão (- confusão!)
quer ter mãos para, sem pensar,
palavras cortar
e o penar encerrar.

Nenhum comentário: