Preciso dos óculos
novos olhos para ver o mundo.
Óculos para ver o mundo
e refazer a antiga nitidez.
Óculos para ver o mundo
e rever os sentidos perdidos
e crescer a visão.
30.10.06
12.9.06
De repente
De repente um estalo,
um big bang só seu.
De repente uma soma de acasos,
um olhar diferente sobre o mundo.
A descoberta de um olhar único.
Um cruzamento de dois caminhos,
o ponto de encontro entre duas linhas até então distintas (e distantes).
A distinção entre quero e não quero,
vou não vou,
a paz, o amor,
o "Adeus angústia".
O desenlace da trama,
desembaraço da visão.
O começo do fim do drama,
o eterno começo que é a vida.
E o sorriso.
A re-significação daquilo que posso chamar de casa.
De repente uma nova vontade de lutar,
tentar fazer da vida aquilo que ela pode ser.
um big bang só seu.
De repente uma soma de acasos,
um olhar diferente sobre o mundo.
A descoberta de um olhar único.
Um cruzamento de dois caminhos,
o ponto de encontro entre duas linhas até então distintas (e distantes).
A distinção entre quero e não quero,
vou não vou,
a paz, o amor,
o "Adeus angústia".
O desenlace da trama,
desembaraço da visão.
O começo do fim do drama,
o eterno começo que é a vida.
E o sorriso.
A re-significação daquilo que posso chamar de casa.
De repente uma nova vontade de lutar,
tentar fazer da vida aquilo que ela pode ser.
20.8.06
Cotidiano
Esse dia-a-dia...
Se bobear, o mundo engole e
quando vê
já foi.
É o turbilhão.
Quando vê,
os homens são números
estatística
mero detalhe no mundo,
reféns das altas rotações do ponteiro do relógio
e das calotas das rodas dos carros,
nas ruas que ele mesmo criou.
Se bobear, o mundo engole e
quando vê
já foi.
É o turbilhão.
Quando vê,
os homens são números
estatística
mero detalhe no mundo,
reféns das altas rotações do ponteiro do relógio
e das calotas das rodas dos carros,
nas ruas que ele mesmo criou.
a tinta
As minhas angústias
eu escrevo a lápis,
que é pra escrever escrever escrever escrever
e ainda depois de tanto papel
ter o fel a chance de ser apagado
pela deleitável borracha
Cismou, porém, de escrever-te à caneta
o meu coração
A paixão, cega, crê
em tudo que diz a caneta
Já a razão (- confusão!)
quer ter mãos para, sem pensar,
palavras cortar
e o penar encerrar.
eu escrevo a lápis,
que é pra escrever escrever escrever escrever
e ainda depois de tanto papel
ter o fel a chance de ser apagado
pela deleitável borracha
Cismou, porém, de escrever-te à caneta
o meu coração
A paixão, cega, crê
em tudo que diz a caneta
Já a razão (- confusão!)
quer ter mãos para, sem pensar,
palavras cortar
e o penar encerrar.
Quem sabe...
Pode ser
que possa ser
que algo que não pudera nunca ser
venha a ser,
sendo aquilo que
não parecia que seria
mas agora foi.
Então quem pode dizer
o que pode
e o que não pode ser,
se o que antes não poderia
hoje já é?
que possa ser
que algo que não pudera nunca ser
venha a ser,
sendo aquilo que
não parecia que seria
mas agora foi.
Então quem pode dizer
o que pode
e o que não pode ser,
se o que antes não poderia
hoje já é?
velho discurso
fale, não pense
(-que pensar já é perder tempo.)
grite e a discussão dispense
(-porque eu tenho a verdade, não ouça o outro. Siga-me!)
use, não use. goste, não goste
assim é um pouco intransigente por demais
assim é muito estúpido
é o problema de ver tudo enquadrado
(-que pensar já é perder tempo.)
grite e a discussão dispense
(-porque eu tenho a verdade, não ouça o outro. Siga-me!)
use, não use. goste, não goste
assim é um pouco intransigente por demais
assim é muito estúpido
é o problema de ver tudo enquadrado
Um só
Cada um sabe da dor de ser aquilo que é.
Meu tortuoso caminho sujeito algum
com maior conhecimento
é capaz de precisar
Essencialmente a mim há de afetar
A sensação dos tropeços em meu enveredar
Cada um sabe o peso do fardo que carrega
Os infortúnios suportar
tão somente cabe ao próprio ser
sobre o qual tal peso desabe
Onde e como andar dependem
do quanto este consegue agüentar
E os dias irão dizer
se recompensa maior verá
aquele que com sua aflição conviver
Meu tortuoso caminho sujeito algum
com maior conhecimento
é capaz de precisar
Essencialmente a mim há de afetar
A sensação dos tropeços em meu enveredar
Cada um sabe o peso do fardo que carrega
Os infortúnios suportar
tão somente cabe ao próprio ser
sobre o qual tal peso desabe
Onde e como andar dependem
do quanto este consegue agüentar
E os dias irão dizer
se recompensa maior verá
aquele que com sua aflição conviver
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