28.12.05

Navegar

Primeiro seguia à deriva
Barco iniciante, sem noção do vento.
Vela ao alto
e sopra ele a qualquer direção.
Conhecer. Um viajante,
sem ter rumo
nem convicção alguma sobre o destino.

Com o tempo vêm as manhas
e um certo controle sobre veleidades.
A navegação traz experiências.
Escolher já é possível,
e como bom aventureiro
decido por inteiro
acreditar que há de vir algo bom das vontades.

Depois de tanto andar
fiz nada mais que comprovar
que graça está em viver assim
do acaso
fazendo dele mania,
arraso da monotonia



Depois pude descobrir
que abrir o viver assim
ao acaso
sem prazo
é erro,
enterro das chances de descanso do coração

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